terça-feira, 29 de julho de 2014

AINDA BEM...

                                                             
                     Bem-te-vis do meu quintal (Foto:Fátima Azevêdo)

Ainda bem que nós mudamos dia após dia. Ainda bem que uma boa parte das pessoas quando chega à maturidade se desvencilha da roupagem do radicalismo e encontra formas mais leves, adaptáveis e compassivas de viver. Ainda bem que amadurecem. Ainda bem que muitas pessoas entendem que nem todo maltrapilho é ladrão e que nem todo boa pinta é honesto. Ainda bem que há os que entendem que se alguém não gosta da cor amarela isso não quer dizer que seja uma pessoa triste. Ou se não tome um cafezinho à todo instante, não valorize o sabor do nosso café e o saboreie em momento especial. Ou que, se alguém não abrace o tempo todo e não beije seu cãozinho de estimação no focinho, isso signifique que não goste de animais. Seria muito triste se por não andar com meus animais de estimação o tempo todo no colo, ou por não os colocar para dormirem na cama comigo, isso fizesse de mim uma pessoa não confiável. Seria muito triste se apenas porque não ande aos beijos e abraços explícitos com meu marido, alguém chegasse à triste e infeliz conclusão que não o ame. As coisas não são bem assim. O Facebook está cheio de ridículas frases feitas, que muitos publicam como se estivessem publicando algo que mudaria o mundo ou os tornaria melhores que os outros. Acho isso tudo ridículo. Aos adolescentes, é dado o direito a esse tipo de comportamento, mas a indivíduos adultos, é lamentável. Indivíduos adultos que se dizem do bem, e que já dobraram o Cabo da Boa Esperança, não deveriam agir de modo tão infantil e inconsequente.